ATIVIDADE ONLINE: 3º ANO
Leia o texto abaixo e faça as atividades no link a seguir.
O Oriente Médio é uma região localizada na parte
sudoeste da Ásia limitada a oeste pelo mar Vermelho e a leste pelos mares Negro
e Cáspio e pelo Golfo Pérsico.
Essa região guarda vários traços culturais. Ainda
assim, possui um elemento unificador, que é a religião.
A região possui uma dinâmica de paisagens
desérticas e semi -desérticas, possuindo poucas áreas com níveis consideráveis
de chuvas.
A região apresenta cerca de 250 milhões de
pessoas distribuídas de forma bastante irregular pelo território. Esse fato se
dá devido aos:
Aspectos naturais (água, relevo).
Aspectos
humanos e culturais (grupos étnicos).
No Oriente Médio a convivência entre grupos é bastante
tensa, ocasionando, principalmente, por intolerância religiosa escassez de água,
hoje um dos principais males da região.
Israel
Um país atípico na região, e considerado uma ilha
de prosperidade dentro do Oriente Médio. Os principais destaques estão dentro
do aspecto de produção agrícola e industrial.
Aspectos Religiosos
O Oriente Médio é o berço das três grandes
religiões monoteístas da humanidade: O islamismo, o cristianismo, e o judaísmo.
O islamismo dentre as três é a que adquiriu maior
força dentro da região, se destacando com religião predominante em todos os
países da região ( exceto Israel ).
Petróleo no Oriente Médio
Nas primeiras décadas do século XX, iniciou-se a
forte exploração desse recurso mineral na região, a exploração era controlada
pelos transnacionais, destacando-se as setes irmãs.
Na década de 1960, os principais produtores de
petróleo da região criaram a OPEP ( Organização dos Países Exportadores de
Petróleo), a partir daí mantendo influência direta no preço do produto no
mercado internacional.
Atualmente a OPEP reúne 11 países, sendo seis
deles do Oriente Médio ( Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes
Unidos, Catar), mais Indonésia, Argélia, Nigéria, Líbia e Venezuela.
O Oriente Médio é a principal região produtora de
petróleo do planeta, representa cerca de 2/3 das reservas mundiais conhecidas
atualmente.
Os principais mercados consumidores desse produto
vital para a manutenção do sistema econômico contemporâneo são os
norte-americanos, europeus e japoneses
Conflitos na Região
Após as transformações ocorridas no Irã (
monarquia x Xá para república-Aiatolá), deu início um amplo conflito entre o
Iraque e Irã.
Essa guerra teve início em setembro de 1980, a causa principal do
conflito era uma disputa territorial pelo controle de Chatt AL Arab, que corresponde
à parte meridional entre os dois países e uma das únicas saída do Iraque para o
Golfo Pérsico.
O Iraque buscava resolver a situação fronteiriça
pendente e também conter o avanço da revolução islâmica imposta pelo Irã na
região, com isso aproveitou o período de dificuldades que o Irã atravessava.
OS CURDOS
Quem são: etnicamente distintos da maioria da
população dos países em que vive, ocupam partes de Irã, Iraque, Turquia, Síria,
Armênia e Azerbaijão. A maioria vive em território turco.
Origem: mulçumanos não árabes, na maioria
sunitas, falam um idioma próximo ao persa. Há curdos cristão e judeus.
Potencial: independentes e autônomos, formariam
um país com cerca de 23 milhões de habitantes e economicamente dependentes de
seus potenciais poços de petróleos e de suas nascentes d’água.
1. Israel e Palestina – o conflito pela terra
O cenário onde ocorre um dos conflitos mais
duradouros, com influência na geopolítica mundial, está localizado no Oriente
Médio. Essa região abrange 15% do continente asiático, sendo aproximadamente
6,6 milhões de km², divididos de maneira desigual entre os dezesseis países
independentes. A Arábia Saudita, o Irã, a Turquia, o Afeganistão e o Iraque
ocupam juntos aproximadamente 85% do território regional, enquanto o restante,
em torno de 15%, é ocupado pelas nações menores: Kuwait, Bahrein, Catar,
Emirados Árabes Unidos, Israel, Líbano, Síria e Jordânia.
Conflitos históricos
Os confrontos entre árabes e judeus, na
Palestina, foram constantes nos últimos cem anos, a partir da imigração
judaica, e se tornaram mais violentos com a criação do Estado de Israel,
desencadeando guerras regionais em todo o território palestino.
A Guerra da Partilha
Iniciou-se em julho de 1948. Logo após a criação
do Estado de Israel, e durou até janeiro de 1949. Israel venceu cinco países
árabes (Egito, Iraque, Líbano, Transjordânia ou atual Jordânia e Síria) e
aumentou seu território em mais de 40%. Cerca de 800 mil palestinos deixaram
Israel. A Jordânia ficou com a Cisjordânia e o Egito com a Faixa de Gaza.
Jerusalém foi dividida entre israelenses e jordanianos.
A Guerra do Canal de Suez
O canal de Suez, que liga o Mar Mediterrâneo ao
Mar Vermelho, representava uma importante passagem para os navios europeus. Em
julho de 1956, Gamal Abdel Nasser, presidente do Egito e aliado aos palestinos,
anunciou a nacionalização do Canal de Suez, provocando o descontentamento da
França e da Inglaterra, que tentava reconquistas parte dos antigos territórios
coloniais.
Em outubro de 1956, as forças israelenses, em
apoio à França e à Inglaterra, controlaram a área em disputa. Apesar da
vitória militar das forças anglo-francesas e israelenses, a derrota foi
diplomática devido à pressão norte-americana e soviética, que forçou a retirada
das tropas vitoriosas da região do Canal de Suez.
A Guerra do Canal de Suez foi responsável por
várias mudanças na geopolítica regional e mundial. O presidente Gamal Abdel
Nasser tornou-se o principal líder árabe com objetivo de fortalecer sua
política nacionalista e integrar o mundo árabe, apoiando na década de 1960 a criação da OLP
(Organização para a Libertação da Palestina). O colonialismo anglo-francês foi
substituído pela supremacia dos Estados Unidos e da União Soviética.
A Guerra dos Seis Dias
O mapa da Palestina foi novamente alterado em
1967, no conflito que envolveu os israelenses e os palestinos, que receberam o
apoio do Egito, da Síria e da Jordânia. Israel obteve a vitória inquestionável
em apenas seis dias de confronto. Como resultado, ocupou a Península do Sinai e
a Faixa de Gaza, do Egito, a Cisjordânia, da Jordânia, e as Colinas de Golã, da
Síria.
O mundo árabe estacionou o seu movimento de
unificação, conhecido como “pan-arabismo”, e Israel se consolidou como potência
militar no Oriente Médio.
A Guerra do Yom Kippur
No dia 6 de outubro de 1973, enquanto os judeus
comemoravam o Yom Kippur, Dia do Perdão, foram atacados de surpresa por uma
coligação entre o Egito e a Síria. Porém, o contra-ataque de Israel foi
arrasador. A assinatura de um cessar-fogo foi concluída no dia 22 de outubro,
sob a imposição do presidente dos EUA, Richard Nixon, e o soviético Leonid
Brejnev.
A Guerra do Yom Kippur foi considerada a última
entre Israel e Palestina, entretanto a tensão na região é contínua.
Intifada
No período compreendido entre 1987 e 1993, os
palestinos enfrentaram os israelenses na revolta das pedras, denominada de
“Intifada”. Armados de pedras e paus, os cidadãos comuns atacavam os soldados
de Israel. A prática de inúmeros atentados por grupos terroristas contra os
judeus intensificou o conflito.
Em 2000, uma segunda Intifada foi deflagrada
durante a visita do premiê de Israel, Ariel Sharon, à Esplanada das Mesquitas,
um lugar sagrado para os islâmicos.
A formação da OLP
Liderado por Yasser Arafat, em 1959, surgiu um
grupo terrorista palestino “Al Fantah”, que tinha por principal objetivo
reconquistar o território perdido na Guerra da Partilha, em 1949. Cinco anos
mais tarde, em 1964, esse movimento seria reconhecido pelos países árabes como
Organização para Libertação da Palestina (OLP).
Em 1974, a OLP foi aceita pela ONU como única
representante dos palestinos. Em 1988, seu líder, Yasser Arafat, renunciou ao
terrorismo, reconheceu a existência do Estado de Israel e manteve a luta pela
consolidação do Estado palestino.
Após o reconhecimento da OLP pela ONU, os
palestinos reforçaram o nacionalismo entre a população e proporcionalmente o
ódio em relação a Israel, o que pode ser constatado nas diversas reações dos
palestinos, como a ocorrida na primeira Intifada ou “Revolta das pedras”,
quando jovens, crianças e idosos, em 1988, rebelaram-se contra as ordens do
exército israelense e os enfrentaram atirando pedras. Nesse confronto, milhares
de palestinos goram mortos.
Guerra do Golfo
O Kuwait, pequeno país localizado ao sul do
Iraque, na região do Golfo Pérsico, com o apoio militar da Grã-Bretanha,
resistiu às várias tentativas de ocupação iraquiana ocorridas ao longo do
século XX.
Com Saddam Hussein no poder, a partir de 1979, o
exército iraquiano foi armado com modernos equipamentos adquiridos da ex-União
Soviética, Estados Unidos, Brasil e de outros países, objetivando a liderança
do Oriente Médio.
O domínio do Kuwait representava a apropriação da
terceira maior reserva de petróleo do planeta, fortalecendo a economia do
Iraque em relação às demais nações do mundo árabe.
A invasão do exército de Saddam Hussein, em
agosto de 1990, causou a formação de uma aliança militar, liderada pelos
Estados Unidos, com a participação da França e da Inglaterra. As batalhas foram
transmitidas em tempo real pela televisão. As potências exibiam seu alto nível
tecnológico em equipamentos bélicos, incluindo as armas químicas.
O confronto foi relativamente curto, entre 17 de
janeiro e 27 de fevereiro. Saddam Hussein foi derrotado, porém permaneceu no
poder. A Guerra do Golfo, como ficou conhecida, teve como conseqüências o saque
de incalculáveis riquezas do Kuwait, campos de petróleo incendiados e minados
pelo exército do Iraque, e o território iraquiano foi praticamente destruído.
Diante da derrota iraquiana, os xiitas, ao sul, e os curdos, ao norte, em
oposição ao governo iraquiano, revoltaram-se. Saddam enfrentou a guerra civil
com muita violência, mantendo-se no poder.
B. Guerra do Iraque
Após os atentados sofridos pelos Estados Unidos,
em 11 de setembro de 2001, o Iraque passou a ser o alvo de combate ao terrorismo.
Segundo o governo estadunidense, terroristas recebiam apoio de Saddam Hussein.
Além disso, segundo os Estados Unidos, o Iraque teria armas de destruição em
massa, o que seria uma ameaça. Esses argumentos, somados ao potencial de
produção de petróleo do Iraque, e outros motivos políticos desencadearam um
novo ataque aos iraquianos, em 2003, sob a liderança dos EUA, apesar da
reprovação da ONU. O país oi praticamente destruído, Saddam foi preso, tendo
início uma transição política para uma futura democracia.
O ataque dos Estados Unidos em território
iraquiano causou certo desconforto para os países envolvidos diretamente na
ação militar, como a Inglaterra, Espanha, Itália, Austrália e, principalmente,
os próprios Estados Unidos. Apesar das alegações de existência de armamento de
destruição em massa, nada foi encontrado. Em 2003, poucos dias antes do ataque,
representantes das Nações Unidas concluíram que o Iraque não representava
ameaça militar para os países ricos. Durante todo o período do conflito, a hipótese
de presença de armas químicas e biológicas não for comprovada.
Em novembro de 2005, teve início o julgamento do
ditador Saddam Hussein. No Tribunal Especial Iraquiano enfrentou acusações por
crimes contra os direitos humanos e foi condenado à pena de morte. Seu
enforcamento ocorreu em 30 de dezembro de 2006.
As tropas estadunidenses que ocuparam todo o país
desde 2003 alteraram consideravelmente a organização política e social do
Iraque. Os protestos contra a interferência internacional aumentaram os ataques
terroristas e conflitos internos entre grupos rivais.
Com o fim do governo Bush, foi iniciada a
retirada gradativa das tropas de combate estadunidenses, em junho de 2009, com
a partida de todos os soldados somente em 2012.
Conflito
Árabe-Israelense
O principal motivo para o conflito
árabe-israelense é a questão territorial. As tensões existem há séculos. Com a
expulsão dos judeus pelos romanos no séc. I d.C., os palestinos ocuparam a
área.
Os palestinos sentem-se no direito de permanecer
na terra ocupada.
Durante a ocupação das tropas inglesas no
território que hoje corresponde a Israel, houve a permissão da compra de terras
por judeus ricos, que começaram a fixar-se na região
Houve um grande fluxo de emigrantes judeus nessa
época. A esse momento, a história dá o nome de Sionismo, devido a Colina de
Sion ocupada, em Jerusalém.
Os ingleses após a Primeira Guerra Mundial
comprometeram-se a ajudar os judeus a construir um Estado livre e independente
em território palestino. Entre os anos 1930 e 1940, intensificou-se
consideravelmente a imigração judaica para a Palestina. Cresceu também a tensão
entre duas etnias distintas
Em 1947, a ONU estabeleceu a divisão do território
palestino entre judeus, que ocupariam 57% das terras e palestinos ocupariam os
restantes 43% do território.
Com a retirada das tropas britânicas que ocupavam
a região, começou, em 1948, uma guerra entre Israel e a Liga Árabe, criada em
1945 e que reunia Estados Árabes que procuravam defender a independência e a
integridade de seus membros.
Organização de Libertação da Palestina
Em 1964 criou-se a OLP, com o objetivo de
estabelecer um Estado Autônomo da Palestina. O movimento teve como líder Iasser
Arafat.